terça-feira, 16 de setembro de 2008

Denúncias de Manfredo Palhares

Retirado da comunidade do Galo no orkut:

A insatisfação do conselheiro Manfredo Palhares não se limita as atuações do Atlético dentro das quatro linhas, mas a seu quadro financeiro, que ele classifica de “irreversível”, a não ser que haja averiguação das irregularidades. Com pesar perceptível na voz, o conselheiro revela: “O Atlético Mineiro faliu”. Palhares veio ao jornal Edição do Brasil munido de documentação e relatos que revelam os fatores e responsáveis por levar o Atlético ao atual crítico quadro financeiro. As declarações do conselheiro Manfredo Palhares , são baseadas no trabalho de uma investigação realizado por ele no clube sobre os últimos 13 anos. Quaisquer esclarecimento judicial, deve ser tratado com o próprio Palhares, que se diz munido para provar judicialmente e em qualquer aspecto suas declarações. O jornal Edição do Brasil reproduz os principais trechos da entrevista concedida pelo conselheiro, que detalha o começo da chamada “dívida impagável” atleticana.


O começo do déficit nas finanças do Clube:

“Em 1995 o então presidente Afonso Paulino deixa o clube para seu sucessor, Paulo Cury com um passivo (dívida) de aproximados R$ 3,6 milhões. Nessa época, o Paulino tinha revelado o Reinaldo (não o rei) e teve uma proposta de R$ 4 milhões por ele. Se o Afonso Paulino tivesse vendido o atleta, teria recursos para pagar o passivo. Mas Paulino preferiu segurar Reinaldinho para uma maior valorização. Só que Paulino deixou o clube, e em seu lugar entrou Paulo Cury que serviu de ponte para a entrada de uma quadrilha. Desde então praticaram estelionato, crime de usura e peculato.. Paulo Cury liquidou com o Atlético Mineiro, não prestava contas ao Conselho, que era comandado pela omissão do então presidente, o Sr. Cecivaldo Bentes, o Tite. No fim de sua gestão, Cury já estava bastante complicado judicialmente, foi quando, lançou Nélio Brant para a disputa eleitoral no Atlético. Esse rapaz, que era do Banco Rural, havia emprestado, inclusive, um dinheiro ao Galo (R$ 150 mil). Sua administração foi um escândalo.

Em um curto período de seis meses, esse indivíduo abriu 22 duas contas no Banco Rural em nome do Atlético, sendo que apenas uma efetivamente tinha movimentação financeira. Realizou também uma grande quantidade de contratos podres, perceptivelmente adulterados. Eu tenho alguns desses contratos. Havia uma denúncia no MP para averiguação disso tudo, mas a investigação que ia de vento em pouca parou em 99, quando o então promotor encarregado do caso foi inexplicavelmente afastado. Com a entrada de Alexandre Kalil as coisas se complicaram de vez. Cansei de pedir para esse senhor relatórios sobre a situação financeira do Galo, mas ele nunca forneceu, nem sequer respondeu. A entrada nos Conselhos fiscal e deliberativo de Kalil, Jarbas Soares e Manoel Saramago pacificaram as investigações que estavam ocorrendo no clube”, diz Palhares.


Aumento insustentável da dívida e supostos esquemas:

“Por incidência do destino, dois bancos que haviam executado o Atlético, por conta do não pagamento de dívidas (BMG e Rural) entram na política do clube, através de seus representantes (Nélio Brant e Ricardo Guimarães), e juntos proporcionam um dos maiores roubos da história do futebol brasileiro. O Sr. Ricardo Guimarães é um individuo, hoje, indiciado pela Procuratória Geral da República. Ele abriu mão da administração em 2004 para se dedicar a seus negócios com o Zé Dirceu, acordou na última hora. Mas em 2005, ano que estoura o esquema do “mensalão”, o Sr. Ricardo Guimarães deixa o Clube cair para a Segunda Divisão. Sobre o dinheiro que ele colocou dentro do Galo, tenho diversos protocolos pedindo um detalhamento, valor real das coisas. Segundo estimativa de Alberto Lima Vieira, o Ricardo Guimarães, em 2009, terá R$ 130 milhões para receber do Atlético. A torcida quer saber quais os juros destes empréstimos, dizem que é de 2% , mas a constituição permite apenas 1% nesses casos”, revelou Manfredo.

Objetivos dos causadores da “dívida impagável”:


“Eles querem chegar a um ponto que o Atlético tenha com eles R$ 200/300 milhões em dívidas para ficarem com o Diamond Mall. Isso não pode acontecer, é um patrimônio do Atlético desde 1927. Eles processam o Atlético no passado por causa de R$ 150 mil reais, porque sabiam que o Clube não tinha condições de pagar. Como eles querem receber agora, R$ 130 milhões? Qual o motivo de eles colocarem sal em carne podre? Temos que ver isso, eles sempre souberam que o Clube não tinha receita nem como pagar, mesmo assim injetam dinheiro em suas gestões. O pior é que os que fizeram isso com o Atlético, ao invés de serem punidos foram condecorados Conselheiros Beneméritos. Esses conselheiros já estão sendo infiltrados para favorecer uma eventual utilização do Diamond Mall para pagar a dívida com eles contraída”, denunciou Manfredo Palhares.


Atual cenário político (gestão Ziza Valadares):

“Esse rapaz não serve para dirigir o Atlético. Primeiro não tem competência. Ele tem que largar o cargo. Isso não é praia para ele. O engraçado, é que antigamente eu o pedi para assinar um pedido de auditoria, na época, ele me respondeu que não queria entrar para a política no clube. Eis que tempos depois ele entra, primeiro como diretor de futebol e depois como presidente”, disse o conselheiro.

Ainda de acordo com Manfredo Palhares, a dívida do clube, hoje, exorbita em torno dos R$ 400 milhões.

Atuação do Conselho Deliberativo atualmente:

Em reunião na última sexta feira, o Conselho Deliberativo do Atlético pediu o licenciamento de Ziza Valadares da presidência do Clube. Manfredo Palhares, em sintonia com a decisão, fez um apelo ao chefe do Conselho Deliberativo atleticano. “Dr. João Batista Aldirzoni peço ao senhor: Faça a auditoria, ouça a voz do povo. Largue as pressões e ouça a instituição. Nosso presidente do executivo já foi chamado de ladrão durante reunião do Conselho, eu tenho a ata. O problema já esta ficando social, as crianças não querem mais torcer pelo Atlético. Vamos banir e expulsar toda essa gente do nosso Galo. O senhor tem grande chance de se perpetuar como homem que salvou o Atlético Mineiro”, finalizou Manfredo Palhares.

Raios-X das últimas administrações:

Segundo estimativas de Palhares e de alguns profissionais da imprensa, o Edição do Brasil fez um detalhamento quadro-a-quadro das administrações citadas pelo Conselheiro. Nesses últimos 13 anos, o clube ganhou apenas seis títulos, mas aumentou sua dívida em mais de 100%. Confira do infográfico feito pelo departamento de arte, o detalhamento dos presidentes que passaram pelo Galo, entre 1995 e 2007, suas conquistas e estimativa da dívida durante as gestões.

Um comentário:

Unknown disse...

Não é mole não, quem tava administrando meu Galo era um baita de um LADRÃO !